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DISLEXIA - PRECISAMOS FALAR DESTE ASSUNTO!

  • Foto do escritor: Reginaldo Hernando Ferrare
    Reginaldo Hernando Ferrare
  • 18 de out. de 2024
  • 3 min de leitura



A dislexia é um transtorno específico de aprendizagem que afeta a capacidade de leitura e escrita. Não está relacionada à inteligência, mas sim a dificuldades no processamento das informações linguísticas. É uma condição neurobiológica que se manifesta em pessoas com desenvolvimento cognitivo típico, mas que encontram desafios ao identificar palavras escritas com precisão e fluência. Essas dificuldades podem interferir nas habilidades de decodificação, ortografia e, em alguns casos, compreensão de leitura.

Sintomas principais:

Os sintomas da dislexia podem variar de acordo com a idade, mas em geral incluem:

  • Dificuldade na leitura: Leitura lenta ou imprecisa, com erros frequentes ao reconhecer palavras, mesmo que já tenham sido vistas antes.

  • Problemas com a escrita e ortografia: Erros ortográficos persistentes, inversão de letras (como "b" e "d"), ou omissão de letras em palavras.

  • Dificuldade em segmentar os sons das palavras: Problemas para identificar sons individuais em palavras (consciência fonológica) e para relacionar esses sons às letras correspondentes.

  • Memória de curto prazo prejudicada: Dificuldade em lembrar instruções sequenciais ou em memorizar palavras vistas repetidamente.

  • Dificuldade com a leitura em voz alta: Hesitação, leitura errática ou omissão de palavras durante a leitura em voz alta.

Causas e Fatores de Risco

A dislexia é um transtorno neurobiológico, sendo influenciada por fatores genéticos e diferenças na estrutura cerebral. Algumas causas e fatores de risco incluem:

  • Genética: A dislexia tende a ocorrer em famílias, o que indica uma forte componente genética.

  • Diferenças cerebrais: Estudos mostram que as pessoas com dislexia apresentam diferenças no funcionamento das áreas cerebrais responsáveis pela linguagem e pela leitura.

  • Fatores ambientais: Embora a dislexia seja predominantemente genética, o ambiente de alfabetização e o apoio educacional podem influenciar a intensidade dos sintomas.

Diagnóstico

O diagnóstico da dislexia envolve uma avaliação detalhada, geralmente realizada por um psicólogo, fonoaudiólogo ou outro profissional especializado. O processo diagnóstico inclui testes de leitura, linguagem e habilidades cognitivas, além de uma análise do histórico escolar e familiar. A identificação precoce é crucial, pois permite o acesso a intervenções adequadas o mais cedo possível.

Tratamento e Intervenção

Embora a dislexia não tenha cura, existem estratégias e intervenções eficazes que podem ajudar as pessoas a lidar com suas dificuldades de leitura e escrita:

  • Intervenção pedagógica especializada: Programas de ensino estruturado que focam em habilidades fonológicas, decodificação, leitura e ortografia são essenciais. A instrução multisensorial, que usa visão, audição, tato e movimento para ensinar leitura, tem sido especialmente eficaz.

  • Apoio educacional personalizado: Adaptações no ambiente escolar, como tempo extra em provas, o uso de tecnologias assistivas (por exemplo, software de leitura de texto) e material didático adaptado podem facilitar o aprendizado.

  • Terapia fonoaudiológica: Para melhorar a consciência fonológica e as habilidades linguísticas em geral.

  • Intervenção psicopedagógica: Pode ser aplicada para auxiliar na organização das informações, na motivação e no desenvolvimento de estratégias de aprendizagem.

Impacto na vida acadêmica e pessoal

A dislexia pode causar frustrações na vida acadêmica e diminuir a autoestima, especialmente quando não diagnosticada ou tratada adequadamente. As crianças com dislexia podem se sentir desmotivadas e ter dificuldades em acompanhar seus pares na escola. Na vida adulta, a dislexia pode interferir em tarefas que envolvem leitura e escrita, mas com as intervenções adequadas, muitos indivíduos desenvolvem habilidades compensatórias e levam uma vida bem-sucedida.

Prognóstico

Com intervenção precoce e apoio contínuo, as pessoas com dislexia podem superar muitas das dificuldades associadas ao transtorno. O uso de estratégias adaptativas e o acesso a tecnologias assistivas podem minimizar os impactos da dislexia tanto na vida acadêmica quanto na profissional.

Entender e reconhecer a dislexia como uma diferença de aprendizado, e não como uma deficiência, é essencial para promover o desenvolvimento acadêmico e pessoal dessas pessoas, reforçando que elas têm o potencial de prosperar, desde que recebam o suporte adequado.



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REGINALDO FERRARE

Psicanalista, Pedagogo, Psicopedagogo, Neuropsicopedagogo e Hipnologo.

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