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EMPATIA - SE COLOCAR NO LUGAR DO OUTRO NÃO TE TORNA O OUTRO.

  • Foto do escritor: Reginaldo Hernando Ferrare
    Reginaldo Hernando Ferrare
  • 11 de out. de 2024
  • 2 min de leitura



A empatia, muitas vezes entendida como a capacidade de se colocar no lugar do outro, é uma habilidade humana valiosa e essencial para a convivência social. Ela nos permite tentar entender os sentimentos e perspectivas alheias, contribuindo para a construção de laços mais profundos e para a promoção de diálogos respeitosos. No entanto, existe uma distinção importante a ser feita: se colocar no lugar do outro não te torna o outro.

Por mais que nos esforcemos para compreender o que o outro está vivendo, somos sempre limitados por nossas próprias experiências, opiniões e interpretações. Cada pessoa carrega uma história única, com emoções, traumas e vivências que moldam sua forma de ver o mundo. Mesmo que consigamos imaginar como seria estar na posição daquela pessoa, jamais conseguiremos sentir exatamente o que ela sente, ou pensar da maneira que ela pensa.

Imagine, por exemplo, uma situação em que alguém está passando por uma perda profunda. Ao tentar se colocar no lugar dessa pessoa, você pode lembrar de uma perda que sofreu, trazendo à tona a sua própria dor e como lidou com ela. Esse exercício é válido para desenvolver a compaixão, mas o fato é que a dor daquela pessoa não é a sua. O relacionamento que ela tinha com o ente querido, sua estrutura de apoio, suas opiniões sobre a morte e até o mesmo momento de vida em que ela se encontra são fatores que tornam a experiência dela única. Por mais que você consiga projetar a dor que sentiu, o sofrimento dela será sempre singular.

Além disso, existe o risco de que, ao tentar se colocar no lugar do outro, acabemos projetando nossas próprias soluções para os problemas alheios. Podemos sugerir caminhos que nos ajudarão, mas que talvez não sejam adequados para a realidade de outra pessoa. Isso reforça a ideia de que, embora a empatia seja importante, ela não nos concede a compreensão plena do que o outro vive. E aqui está o ponto central: se colocar no lugar do outro é um esforço de compreensão, mas não uma substituição da realidade alheia pela nossa.

É preciso, portanto, que a empatia venha acompanhada de humildade. Devemos nos lembrar de que nossas tentativas de entender o outro são limitadas, e que é necessário ouvir, observar e perguntar, ao invés de presumir que já sabemos o que o outro está sentindo ou pensando. Ao considerarmos nossas limitações, podemos oferecer um apoio mais genuíno, livre de julgamentos e imposições, e mais aberto à verdadeira experiência.

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Guest
11 ต.ค. 2567
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REGINALDO FERRARE

Psicanalista, Pedagogo, Psicopedagogo, Neuropsicopedagogo e Hipnologo.

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